Esse é o principal tema debatido por sindicalistas e associações do Acre que realizaram no final da tarde de ontem (18), na sede do SPAT, no bairro do Bosque, a primeira reunião com o objetivo de dar largada ao que chamam de “nova forma de fazer sindicalismo”. Na pauta, o desafio de parar o Acre por um dia. O protesto será contra a política de negociação do governo.
Fortalecidos com a vitória no TST, que determinou a volta ao trabalho de funcionários demitidos, os representantes do SINTTEPAC, deixaram claro: “a luta é classista, eles estão no poder e nós temos o voto”. Os sindicalistas querem adequar os embates as novas demandas, a globalização e à necessidade de renovação de lideranças na luta por condições dignas de trabalho.
O primeiro encontro reuniu o SPAT, o Sintesac, o Detran, APRABEMAC, o Sindicato dos Urbanitários, o Sinfac, a Associação dos Praças e Bombeiros, o Sindicato das Farmácias e o SINTTEPAC. Uma agenda foi criada para ampliar o grupo.
- Grandes movimentos nascem pequenos. Queremos aqui somente aqueles que desejam fazer sindicalismo sério, comprometido com os trabalhadores, suprapartidário e sem siglas, a maior sigla aqui será a causa coletiva de melhores salários – disse Raimundo Correia.
As entidades elaboram uma nota conjunta em repúdio às ameaças que vem sendo feitas pelo governo ao funcionalismo público, principalmente os que estão em estágios probatórios. Outdoors, faixas e blog´s também serão utilizados como ferramentas para combater o que chamam de “mão de ferro aos servidores”.
- O desafio é grande, mostrar que o movimento sindical tem força exige muito de todos nós. Mas começamos bem, unidos ninguém pode mais – disse o vereador Marcelo Jucá, do sindicato dos urbanitários.
A data da paralisação não foi revelada pelo movimento. Na agenda positiva definida pelas categorias, uma blitz vai percorrer todos os órgãos públicos na operação “respeito ao trabalhador”. Para Juciner, do Corpo de Bombeiros, os servidores não aguentam mais esperar.
- O servidor público perdeu o medo, descobriu definitivamente que o sistema não estar mais lhe apoiando. O momento é histórico na luta de classe dos acreanos – comentou o militar.
Quem também participou do encontro foi o deputado Major Rocha. Ele frisou a falta de liberdade de imprensa, defendeu os jornalistas e repórteres. Para o tucano de bico duro, “o PT utilizou todas as armas para sufocar o sindicalismo no Acre”, declarou.
Uma comissão formada por representantes dos sindicatos iniciam o planejamento das próximas ações do movimento e do dia de paralisação.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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