quarta-feira, 18 de maio de 2011

Policiais que participaram do movimento grevista poderão ser presos


Passado a paralisação de 24 horas realizada neste sábado (14) por servidores militares do Acre, o Camando-Geral da PM dá início aos primeiros procedimentos administrativos para punir os grevistas. A denúncia foi apresentada por policiais pertencente ao 1º Batalhão nesta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
Em pose de memorando que comunicava aos servidores que seriam punidos administrativamente com prisão máxima de 10 dias, os policias temendo retaliações, pedem para não ter seus nomes citados na reportagem para evitar novas punições.

Procedimento administrativo deverá ser aplicado aos 55 agentes daquela corporação, diz policial (Foto: Odair Leal/Aleac)
Procedimento administrativo deverá ser aplicado aos 55 agentes daquela corporação, diz policial (Foto: Odair Leal/Aleac)
Segundo o policial [foto segurando documento], em reunião realizada na tarde desta segunda-feira (16), o Comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, Francisco Alberto Espíndola teria comunicado, com pesar, as sanções que seriam aplicadas aos 55 agentes daquela corporação, que estiveram presentes na paralisação.


O deputado oposicionista Wherles Rocha disse  que aproximadamente 400 soldados serão punidos. “O governador foi pessoalmente em alguns Batalhões exigir a punição máxima dos policiais que aderiram ao movimento grevista. Destes, entre 70 a 80 seriam demitidos, já que estavam em estágio probatório do último concurso público realizado em 2009”, declara Rocha.

O parlamentar pediu em seu discurso na tribuna da Casa um entendimento pacífico e o fim das retaliações ao movimento grevista.

Walter Prado (PDT) também solidário aos PMs pediu ao governador que respeitasse a democracia e respeito pela categoria. “Os PMs do Acre têm todo direito de defender seus interesses. Não é justo que sejam punidos de forma drástica porque reivindicam melhores salários e condições de trabalho”, conclui.

O líder do governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB), destacou que o clima tenso foi provocado por uma paralisação desnecessária e que teria descumprido um pré-acordo entre o estado e a categoria.

Matéria:Ângela Rodrigues, da Agência ContilNet

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