quarta-feira, 11 de maio de 2011

NEGOCIAÇÃO SALARIAL

Governo apresenta proposta para os militares estaduais

A primeira reunião entre a comissão de militares e a equipe de governo acabou hoje, por volta das 20 horas, no Quartel do Comando Geral da PM. De acordo com membros da comissão, a proposta do governo foi apresentada e questionada pelos membros da comissão de militares.
De acordo com o assessor do governo, Nepomuceno Carioca, o Estado possui 15 milhões para negociar entre todas as categorias. De acordo com ele, se esse dinheiro fosse divido de maneira igual, o aumento representaria cerca de 1%. Essa informação se espalhou como fogo em pólvora pelo Estado e levou os militares a pensar na radicalização imediata.
O secretário da Fazenda, Mâncio Lima Cordeiro, disse que poderia oferecer dados mais concretos somente depois de realizar a primeira rodada de negociações, mas que o diálogo estaria aberto. Segundo o secretário, o aumento poderá ser parcelado entre esse e os próximos anos. Segundo ele, em 2012, o orçamento do Acre disponível para negociar estaria de seis a oito vezes maior, podendo contemplar as categorias de forma melhor.
Mâncio Cordeiro pediu duas semanas para apresentar os números relativos a 2012 e negociar a parcela que poderá ser dada.
“Não existe solução mágica para este ano. O governo não está fechando a proposta, apenas temos que ter em mente que a questão poderá ser resolvida a médio prazo”, disse o secretário.

Quanto à possível greve

Os membros da comissão questionaram a proposta do governo e informaram que poderão perder as rédeas da situação caso os militares entendam que devem partir para a radicalização.
“Entrar numa greve é fácil, o difícil é sair dela”, ponderou Carioca.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Pires, perdeu uma boa oportunidade de ficar calado mais uma vez.  Em plena negociação ele tomou a palavra e disse que para cada ação existe uma reação e ameaçou os militares com o regulamento disciplinar e o com o Código Penal Militar.
“Nossa comissão não é megalomaníaca. Nós não estamos na presidência dos clubes e associações para se eternizar no poder. Quando a tropa quiser, nós saímos, ela é que detém o poder e poder deflagrar ações radicais”, disse o soldado Abrahão Pupio.
 “Uma coisa é ter dinheiro para negociar e outra coisa é não ter dinheiro para negociar”, disse Carioca.

AcrePrevidencia

Os membros do governo já acenaram que poderão colocar questões relativas ao AcrePrevidencia na negociação. De acordo com eles, as despesas do Acre com o pagamento de pensões, posto ou graduação a mais somam empecilhos. Tudo indica que a comissão não está disposta a debater esse assunto. Não está errada. Com um membro da reserva remunerada presente na comissão ao caldo pretende esquentar bem mais.
A equipe de governo não descarta um reajuste maior para a categoria, mas também não se compromete mais concretamente. O caso é que esta é apenas a primeira reunião de uma série de outras mais. Um relatório está sendo produzido trazendo minúcias do que aconteceu no QCG PM neste final de tarde. A próxima reunião está marcada para o dia 27 deste mês no mesmo local. Na segunda-feira, no entanto, será formada uma equipe para debater um reajuste linear para a categoria.




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