Rebelião anunciada: agentes denunciaram agressões de menores, mas direção do ISE ignorou ameaça

O motim, que se estendeu até a madrugada desta quinta feira, teve como saldo negativo, a destruição de colchões, bebedouros, grades e outros obejtos por parte dos infratores.
Cerca de dezenove menores recolhidos ao Centro de Medidas Sócioeducativas Aquiry, localizada na regiãodo residencial Santa Cruz, na estrada Apolônio Sales, promoveram um quebra-quebra por volta das 23:41 minutos de ontem.  A unidade, de responsabilidade do Instituto Sócioeeducativo do Acre (ISE/AC), vem sendo alvo de denúncias por parte dos agentes que atuam lá.
Informações repassadas por agentes sócioeducativos que estavam de plantão, narram que o movimento começou sem motivo aparente, e no tumulto, um dos agentes teria sido agredido por um interno. A rebelião só foi controlada com a chegada de homens do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), que chegaram ao local por volta da meia noite.

O diretor do Centro, Adauciney Peres Cardoso, esteve no local e acompanhou a ação da polícia, porém impediu a entrada no prédio, do presidente do Sindicato dos Agentes Sócioeducadores, Beto Calixto.

Agentes denunciaram agressões e falta de estrutura e segurança

No boletim de ocorrência de nº 784/2011, registrado no dia 12 de maio de 2001, o agente sócio educador Vanderlei Rodrigues da Silva, denunciou ter sido vítima de lesão corporal dolosa, praticada pelo menor R.S.C, de 17 anos, que segundo narrou a vítima, o teria gredido fisicamente dentro da unidade.

O fato foi levado ao conhecimento do diretor da unidade, que posteriormente repassou a noticia ao diretor do ISE/Ac Dimas Sandas.

No dia 6 de abril deste ano, o mesmo Dimas foi informado por meio do memorando nº 126/2011 de uma ocorrência envolcendo adolescentes do dormitório II, ala "C". Narra o documento que naquela data que seus internos do prédio  iniciaram uma batedeira de grave sem moitvo aparente.

Chamados para conter o tumulto, assistiram os menores destruirem os colchões e jogarem os pedações no corredor. A mesma ocorrência registra que os agentes foram ameaçados de morte.

Numa entrevista concedida a Rádio Difusora Acreana, no inicio do mês, depois que os agentes realizaram um movimento pedindo melhorias de trabalho e condições de segurança na unidade, o presidente do Instituto Socioeducativo, Dimas Sandas, negou a existencia de qualquer situação que colocasse em risco a integridade física dos agentes. os docuimentos provam o contrário.
Foto: Ecos da Notícia

Matéria:Jairo Barbos,ac24horas.com