quarta-feira, 6 de julho de 2011

TIÃO LEVOU A MELHOR

moises_emotivo_in3Sindicalistas perdem a queda de braço com o governo e reajuste
de 20%, parcelado, é aprovado em sessão extraordinária na Aleac
Depois de um impasse que durou toda manhã e a da tarde, desta quarta-feira, 06, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), entre deputado e líderes da Frente de Sindicatos, o projeto de reajuste da educação e demais categorias que aceitaram a proposta de 20%, foi votado e aprovado por 15 votos favoráveis e 8 abstenções, sem obter dois terços da votação, o projeto foi a segunda votação. Tendo a maioria simples na segunda votação, o projeto do poder executivo foi à redação final e conseqüente sansão do governador Tião Viana (PT), pondo fim à queda de braço dos grevistas com o Governo do Estado.
Major Rocha (PSDB) disse que está havendo um desrespeito com o servidor, na atual gestão. Segundo ele, o desrespeito não é só com os servidores, mas com os deputados. O parlamentar tucano elogiou ainda a postura do líder do governo, Moisés Diniz, que tentou auxiliar o governo do Estado na negociação. “O senhor Carioca se considera acima deste poder e hoje, eu não sei o governador se chama mesmo Tião Viana”
Em consulta a vários juristas, segundo Major Rocha, constatou-se que a matéria seria inconstitucional. Continuando seu discurso contrário ao projeto do executivo, Rocha disse que o assessor Carioca, teria “dado um coice nos servidores. Ninguém aqui votou neste cidadão para responder pelo governo”, destacou Rocha ao anunciar a abstenção em bloco, da oposição. As abstenções foram dos deputados: Chagas Romão (PMDB), Antonia Sales (PMDB), Marileide Serafim (PMN), Major Rocha (PSDB), Jamyl Asfury (DEM), Denílson Segóvia (PSC), Gilberto Diniz (PT do B) e Totinha Vieira (PSDB).
O deputado Gilberto Diniz (PT do B), também se posicionou sobre o projeto e disse, que “em solidariedade aos servidores que foram destratados pelo governo, eu vou dar meu voto de abstenção”. Ele também elogiou a postura do líder do governo, Moisés Diniz. e finalizou: “no meu entender o povo acreano merece melhor saúde e segurança”.
O peemedebista Chagas Romão, também fez um pronunciamento em homenagem aos servidores, que segundo ele, “foram massacrados pelo governo. “Em homenagem a estes sindicatos, nos da bancada de oposição, os posicionamos contrários a matéria”.
Diniz chora e diz que o parlamento se tornou pequeno
Demonstrando emoção e entre lagrimas, o líder do governo, Moisés Diniz (PC do B), disse que o parlamento se tornou pequeno diante da situação. “Acho que o dia de hoje, aqui na Aleac, vai ajudar a mudar a relação política no estado, ajudar as pessoas ter um melhor trato com os servidores públicos.  Quando eu dizia para o doutor Ribamar, que ficava constrangido em anunciar uma greve na saúde, que meche com vidas, eu falava do compromisso dos funcionários públicos, em prestar um bom serviço a comunidade”, lembrou Diniz, contando o caso de um popular do Jordão, que segundo ele, teria que voltar para casa sem realizar a cirurgia. “Foi por isso que me empenhei em não fazer a política do trator, de quem tem a maioria vence. Preferi respeitar aqueles que desde ontem teriam entrado em greve”.
Diniz disse que vai receber os dirigentes sindicais nesta quinta-feira [07], para voltar a ouvir todas as propostas e, após a reunião, vai conversar com o governador pessoalmente. “Quero dizer para vocês [os sindicalistas] que nos vamos aprovar as três matérias, mas vou sair muito constrangido se na quinta-feira, a sessão for encerrada sem os servidores em greve tenham seus pleitos atendidos”.
O líder do governo pediu que aos sindicatos voltassem à mesa de negociação: “suspendam a greve e aceitem os 20% de reajuste”.  E no final fez o que mais gosta: poesia. “Estes momentos nos ajudam a nos tornar mais gentes e ensina as novas gerações, que o mandato é passageiro e o que vale é o compromisso do político com a sociedade acreana. A Aleac é uma casa de tolerância política é por isso que terá esta votação”.
De certa forma, os deputados da base do governo saíram desprestigiados, já que apesar de todos os contatos e supostas conversas com o próprio governador, no final, o projeto foi a votação, contrariando e levando ao constrangimento, uma das principais lideranças da Frente Popular. A confiança depositada pelos trabalhadores em Moisés Diniz sofreu arranhões que só o tempo poderá cicatrizar. Aos opositores restou o lamento: tentamos, mas não conseguimos; estamos tão decepcionados quanto vocês, despediu-se Rocha dos poucos sindicalistas que ainda estavam degustando a derrota no hall da Casa do Povo.
Matéria: Ray Melo/ac24horas

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