terça-feira, 19 de julho de 2011

Narcotraficante aplica golpe na Justiça Acreana e deixa presídio com nome falso

O peruano estava na lista de 34 pessoas ligadas ao grupo investigado pela Polícia Federal


EloyEloi Arapa escapou pela frente da penitenciária sem ser incomodado (Foto: Arquivo/Iapen)Um peruano preso na “Operação Conexão Amazônia”, da Polícia Federal, enganou o Judiciário Acreano e conseguiu sair do presídio Francisco de Oliveira Conde com o alvará de soltura embaixo do braço.

O peruano Eloi Mamani Arampa usava o nome de Carlos Jesus Venâncio Portura, quando foi interrogado, processado e condenado a 38 anos de prisão por tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubo de cargas.

Eloi ou Carlos Jesus era um dos principais membros de uma quadrilha de narcotraficantes.

Em junho do ano passado, a Polícia Federal prendeu 34 pessoas ligadas ao grupo, sendo que treze deles eram do Acre.

O peruano era um da lista. Acontece que Eloi já tinha sido condenado por outro crime na Justiça do Acre.

Neste crime, ele tinha direito ao alvará de soltura e conseguiu um da Vara de Execuções Penais.

Mas havia a sentença pelos crimes apontados pela Conexão Amazônia, eles não permitiriam a liberdade. Como eram dois processos distintos, Eloi ganhou a liberdade, enquanto para a Justiça, Carlos Jesus ainda estava preso. Só que os dois eram a mesma pessoa.

Quando a direção do presídio descobriu o erro, era tarde demais, o peruano já tinha sumido.

A polícia acredita que ele já atravessou a fronteira depois de passar a perna nas autoridades brasileiras, que em nenhum momento descobriram se tratar de duas identidades.

O diretor do Instituto de administração penitenciária (Iapen), Dirceu Augusto, informou que só foi descobrir o que realmente aconteceu, às 11 horas da manhã desta segunda-feira, quando verificou os processos na Vara de Tóxicos, onde Eloi ou Carlos Jesus foram condenados.

Houve um pedido para a Justiça reconsiderar o alvará de soltura. O problema é descobrir o paradeiro do peruano.
Matéria:agazeta.net

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