sexta-feira, 22 de julho de 2011

Médico legista se recusa a realizar necropsia e pode responder por crime de prevaricação

Imagem:acsalagoas.org.br
O promotor Iverson Bueno, do Ministério Público em Cruzeiro do Sul, deve denunciar á justiça o médico legista Teobaldo Rebouças pelo crime de prevaricação. (A prevaricação consiste em retardar ou deixar de praticar devidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.)
O médico teria se recusado a realizar um exame cadavérico no corpo de um policial militar que cometeu suicídio. Plantonista do dia no IML em Cruzeiro do Sul, Teobaldo Rebouças estava em seu consultório particular quando foi chamado por telefone para atender a ocorrência.
De acordo com informações de pessoas que acompanharam o caso, o policial civil Clédon Néri foi quem telefonou para o médico, que ao telefone disse que só iria realizar a necropsia quando terminasse de atender seus pacientes.
Ainda de acordo com populares, o policial civil e o médico chegaram a discutir pelo telefone, por causa da recusa do legista em se dirigir ao IML. O promotor de justiça Iverson Bueno foi chamado ao local, teria acionado o delegado Elton Futigame, mas a situação foi contornada com a chegada de outro legista que substituiu Rebouças.
A atitude do médico irritou o promotor de justiça de pretende ouvir os envolvidos para, se comprovado o crime, abrir investigação contra  o médico.
“O médico é obrigado a permanecer no IML de 10 ao meio dia, e o restante do dia, fica de sobreaviso, isso é fruto de um acordo com a Secretaria de Justiça. Vou investigar porque ele não estava no dia, porque se recusou a atender quando foi chamado. Vou tomar testemunhas e denunciar o médico se comprovado o crime”, afirmou o promotor.

Médico já responde inquérito por falsa perícia
Esta não é a primeira vez que o médico Teobaldo Bueno se envolve em denúncia na esfera policial. Ele já responde a inquérito por falsa perícia, por não concluir um laudo médico sobre a morte de um bebê. Segundo o promotor Iverson Bueno, ele não concluiu um laudo indicando as causas da morte de uma criança retirada sem vida do útero da mãe. Na época o promotor solicitou que outro legista concluísse a perícia. Esse médico concluiu que o bebê morreu asfixiado com o cordão umbilical.

Delegado desconversa sobre o caso
Cercado de cuidados o delegado Elton Futigame, coordenador da Polícia Civil em Cruzeiro do Sul, disse que não fala oficialmente sobre o caso. Formalmente ele negou ter conhecimento do episódio que aconteceu envolvendo o médico Teobaldo Rebouças e se limitou dar qualquer tipo de informação.
Futigame no entanto, disse que ouviu informalmente ¨conversas¨ sobre a atitude do médico, mas que até agora, nada foi oficializado na delegacia.
“Formalmente não chegou nada aqui. Não vou falar sobre uma coisa que não está no papel. Informalmente eu fiquei sabendo que houve um problema sim, mas não tem nada formal aqui”, desconversou ele.
Médico não foi encontrado
Apesar das sucessivas tentativas da reportagem em ouvir a versão do médico Teobaldo Rebouças para o caso, não foi possível localiza-lo. As ligações efetuadas para o telefone do consultório particular do profissional não foram atendidas. O telefone celular  estava desligado.
Matéria:Jairo Barbosa/ac24horas.com

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