terça-feira, 19 de julho de 2011

Oposição quer saber como o PT gastou 30 milhões na Fábrica de Tacos


Os problemas de gestão da Fábrica de Tacos criada pelo ex-governador Jorge Viana (PT), continuam repercutindo no meio político do Estado. O deputado Chagas Romão (PMDB), protocolou na manhã desta terça-feira, 19, no Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE), requerimento pedindo informações sobre o processo de concessão para exploração da fábrica de pisos, administrada pelo consórcio formado pelas empresas Albuquerque Engenharia, Ouro Verde Madeiras e a Laminados Triunfo, que receberam o empreendimento avaliado em mais R$ 30 milhões de forma gratuita do Governo do Estado.
Acompanhado do senador Sérgio Petecão (PMN) e do presidente da Fundação Ulisses Guimarães (FUG-AC), Fernando Melo, o deputado Chagas Romão entregou o requerimento diretamente ao presidente do TCE, Ronald Polanco. O documento teve como base, um estudo de técnicos da FUG-AC, que tem como finalidade acessar ao contrato firmado entre as empresas que administraram a Fábrica de Tacos, nos últimos anos, denominado Empresa Pisos Xapuri SPE Ltda, que demitiu 80 funcionários e ameaça fechar a fabrica estatal.
O Senador Sérgio Petecão, que encabeça um pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar os gastos de mais de R$ 1 bilhão na estrada que liga Rio Branco ao Vale do Juruá, destacou que é favorável a abertura da documentação, tornando as ações do governo, um fato público, para que não paire duvidas sobre os investimentos, nem qualquer vestígio de corrupção. “O povo precisa saber como se deu essa concessão, as suas bases contratuais se houve disputas ou se deu em troca de favores. Precisamos tirar da escuridão as aplicações de dinheiro público no Acre”, diz Petecão.
O encontro de certo ponto amistoso com o presidente do TCE, Ronald Polanco, que é ex-deputado estadual, exercendo mandato em uma mesma legislatura que o deputado Chagas Romão e o senador Sérgio Petecão, aconteceu no setor de protocolo do Tribunal de Contas, que foi acionado por ser o órgão auxiliar do Poder Legislativo e tem obrigação e o dever de ajudar todos os parlamentares, nas investigações de contas públicas e investimento do Governo do Estado. Chagas Romão teve como base a Constituição estadual que versa que o Poder Legislativo tem que agir forma conjunta no controle das operações de crédito.
A deputada Antonia Sales (PMDB), que não pode comparecer ao TCE, porque cumpre agenda no interior do Estado, afirmou que apesar do requerimento partir de seu partido, as demais agendas que formam o bloco de oposição no Acre, estão juntas para cobrar a fiscalização dos atos que forem considerados suspeitos da administração estadual. “São mais de 30 milhões de reais de recursos do Estado que estão em jogo. Como parlamentar  me sinto muito à vontade para esclarecer ponto a ponto como se deu o processo de escolha dessa concessão. Queremos checar toda documentação”, acrescenta  Antonia Sales.
O requerimento foi uma solicitação dos parlamentares, a Fundação Ulisses Guimaraes, para acompanhar todos os investimentos feitos pelo governo do Acre através de empréstimos contraídos nos últimos 10 anos com diversos organismos nacionais e internacionais. O presidente da executiva municipal do PMDB, Chagas Romão acredita que todo processo que envolva vultosos investimentos do Estado, precisa ser aberto, com documentação de livre acesso a todos os poderes, para que seja feita uma avaliação conjunta acerca da movimentação de recursos financeiros estatais. “Queremos apenas levar a opinião pública, onde está sendo investido o dinheiro que vamos ter que pagar as instituições financeiras”, enfatiza Romão.
De uma forma simples e direta, Sergio Petecão, definiu  o requerimento do PMDB. “Onde há fumaça há fogo.  Essas denuncias que a fábrica quebrou e vai demitir 80 pais de famílias foi desmentida pelo governo, portanto,  precisam ser checadas e é isso que vamos fazer com muita responsabilidade, através dos técnicos da Fundação  Ulisses Guimarães, que nos presta assessoria e do Tribunal de Contas, e se for o caso do Ministério Público Estadual através da Promotoria Especializada da Defesa do Patrimônio Publico que tem como titular a promotora  Waldirene Oliveira Cruz Lima Cordeiro”, informa senador.
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A reportagem questionou o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC), Ronald Polanco, sobre o requerimento protocolado pelo deputado Chagas Romão, mas Polanco se recusou a antecipar qualquer tipo de informação, afirmando que ainda iria estudar a viabilidade do documento.
Matéria:Ray Melo, da redação de ac24horas

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