Janilson Lopes Leite
A médica acreana Alessandra Bréa Moreno Dantas (leia) foi presa pela Polícia Federal na sexta-feira (1), em Caetés (PE).
Após concluir o curso de medicina em Pinar del Rio, com bolsa do governo de Cuba, voltou ao Acre, onde em diversas ocasiões procurou a Universidade Federal do Acre (Ufac) para tentar se regularizar.
Como todos sabem, os médicos formados no exterior sempre foram tratados com preconceito e descaso por um grupo da Ufac.
Alessandra Bréa tinha conquistado na Justiça o direito de trabalhar com registro provisório do Conselho Regional de Medicina (CRM). Como o registro expirou, a médica teve que deixar o Acre após a proibição de trabalhar também com um Termo de Ajuste de Conduta.
Ela já havia conseguido revalidar seu diploma pela Universidade Federal do Ceará, mas aguardava a burocracia enquanto fazia plantões em Caetés.
Infelizmente, Alessandra Bréa foi surpreendida pela Polícia Federal, após denúncia do CRM de Pernambuco, acusada de exercício ilegal da profissão.
Incrível tudo isso: enquanto faltam médicos nas nossas unidades de saúde, enquanto pessoas morrem por falta de atendimento, enquanto a Justiça não é feita, a Polícia Federal prende médica que estava salvando vidas.
Onde está a Justiça? Do lado do interesse do povo ou do lado do interesse de grupos?
O Acre continua sendo um dos Estados com menor número de médicos do Brasil, e um dos Estados com maior número de estudantes de medicina no exterior. A Ufac é uma das únicas universidades que nunca revalidou um único diploma até o dia de hoje. Considero isso um desrespeito.
Nossos políticos têm o dever de fazer algo imediatamente, a Assembleia Legislativa precisa se posicionar, pois não dá pra fingir que nada está acontecendo.
São milhares de famílias acreanas que estão investindo sonhos em seus filhos para estudar no exterior. Nós precisamos assegurar que amanhã nossos futuros médicos não estejam presos, como Alessandra Bréa, por lutar para exercer a sua profissão.
Estamos mobilizando muita gente para retirar Alessandra Bréa da Colônia Penal de Caetés. Ela está presa numa cela juntamente com pessoas perigosas. Isso é indigno. As leis e a justiça ainda andam muito distantes.
Janilson Lopes Leite é médico residente de infectologia da Ufac e Coordenador da Associação Médica Nacional Maíra Fachini.
Após concluir o curso de medicina em Pinar del Rio, com bolsa do governo de Cuba, voltou ao Acre, onde em diversas ocasiões procurou a Universidade Federal do Acre (Ufac) para tentar se regularizar.
Como todos sabem, os médicos formados no exterior sempre foram tratados com preconceito e descaso por um grupo da Ufac.
Alessandra Bréa tinha conquistado na Justiça o direito de trabalhar com registro provisório do Conselho Regional de Medicina (CRM). Como o registro expirou, a médica teve que deixar o Acre após a proibição de trabalhar também com um Termo de Ajuste de Conduta.
Ela já havia conseguido revalidar seu diploma pela Universidade Federal do Ceará, mas aguardava a burocracia enquanto fazia plantões em Caetés.
Infelizmente, Alessandra Bréa foi surpreendida pela Polícia Federal, após denúncia do CRM de Pernambuco, acusada de exercício ilegal da profissão.
Incrível tudo isso: enquanto faltam médicos nas nossas unidades de saúde, enquanto pessoas morrem por falta de atendimento, enquanto a Justiça não é feita, a Polícia Federal prende médica que estava salvando vidas.
Onde está a Justiça? Do lado do interesse do povo ou do lado do interesse de grupos?
O Acre continua sendo um dos Estados com menor número de médicos do Brasil, e um dos Estados com maior número de estudantes de medicina no exterior. A Ufac é uma das únicas universidades que nunca revalidou um único diploma até o dia de hoje. Considero isso um desrespeito.
Nossos políticos têm o dever de fazer algo imediatamente, a Assembleia Legislativa precisa se posicionar, pois não dá pra fingir que nada está acontecendo.
São milhares de famílias acreanas que estão investindo sonhos em seus filhos para estudar no exterior. Nós precisamos assegurar que amanhã nossos futuros médicos não estejam presos, como Alessandra Bréa, por lutar para exercer a sua profissão.
Estamos mobilizando muita gente para retirar Alessandra Bréa da Colônia Penal de Caetés. Ela está presa numa cela juntamente com pessoas perigosas. Isso é indigno. As leis e a justiça ainda andam muito distantes.
Janilson Lopes Leite é médico residente de infectologia da Ufac e Coordenador da Associação Médica Nacional Maíra Fachini.
Matéria: Blog do Altino
O que o ser humano acha é uma coisa e o que é lei é outro destino, sabemos que o Acre é um estado que faz divisa com a BOLIVIA e muitos querem estudar medicina devido o preço do curso ser muito baixo e a qualidade de ensino ser pessima, mas se levar pelo contesto de que é o aluno que faz o curso menos mau, pois bem a regiao do alto jurua onde a mesma medica ja trabalhou e realizava um otimo atendimento nesta regiao ainda varios medicos continuam atuando ilegal e os que se regularizaram vivem fazendo cagada nos postos de saude e nos hospitais a fiscalização é necessaria pois se isto nao acontecer o Brasil vai virar a casa da mae joana
ResponderExcluirNao fale o que vc nao conhece, pare de fala cagada.....
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