segunda-feira, 4 de julho de 2011

Depois de cem dias no poder, prefeito de Sena fala do novo momento e diz que vai provar inocência


Areal: "Eu sempre tive convicção de que voltaria"/Fotos: Wania Pinheiro e Marcio Farias
Areal: "Eu sempre tive convicção de que voltaria"/Fotos: Wania Pinheiro e Marcio Farias
Reeleito em 2008 prefeito de Sena Madureira e cassado pouco tempo depois, Nílson Areal (PR) reassumiu a Prefeitura do município por decisão do Tribunal Superior Eleitoral depois de mais de um ano afastado, quando a maioria dos especialistas em direito eleitoral ou até mesmo os adversários davam como certa a perda do mandato.

Após muita persistência e a perícia de bons advogados, Areal volta ao comando da terceira maior cidade do Acre, mas que passa por período de sérios problemas estruturais, sociais e financeiros.

Mesmo ganhando a causa no TSE, Areal terá de enfrentar outros processos na Justiça, ligados principalmente à área administrativa. Otimista e religioso, ele diz que vai “derrubar um a um”.

Em entrevista à Agência ContilNet, o prefeito, que completa cem dias no cargo, e mantém uma boa relação com seu vice, Jairo Cassiano (PDT), relata a situação em que se encontra a Prefeitura de Sena, não poupa críticas aos desafetos,  fala das ações que vem realizando e comenta sobre as eleições que se avizinham.


Prefeito, está sendo muito difícil esse recomeço?
Na verdade, no início até foi. Mas graças a Deus saímos desse processo angustiante de um ano e seis meses de afastamento. Foi preciso ir ao TSE para poder ficar provado que nós não tínhamos culpa nenhuma. E tanto é que tivemos o placar de 5x2. Então fico extremamente satisfeito com isso. Por outro lado, é você recomeçar por um período muito curto para poder compensar esse tempo perdido, porque o que mais me incomodou na verdade, nessa história toda do período em que fiquei afastado, foi de como é que essas informações, como essas más notícias chegavam, por exemplo, à cabeça da minha mãe, à cabeça dos meus filhos. Essa molecada de hoje em dia vive na internet. E só se ouvia falar mal do Nilson Areal. E eu sei do trabalho grandioso que a gente fez nessa cidade. Se você olhar em todos os bairros, tem a nossa marca, da forma de articulação política que a gente sempre montou, com a bancada federal, com a bancada do Senado, com o governo do estado, com outras instituições. Então o que mais me incomodava nessa história não era comigo, Nilson Areal, era como isso ia chegar à cabeça de algumas pessoas muito próximas. Eu sofria mais por eles do que por mim, porque eu sabia que não tinha feito tudo aquilo, mas havia aqui na Prefeitura, no meu afastamento, o desejo de me aniquilar, de me acabar politicamente.

Quem são essas pessoas que queriam acabar com o senhor?
A gente sabe quais são os interesses, quem são as pessoas. Sabemos um pouco de tudo. Afinal, moramos nessa mesma taba, nessa mesma oca.

E por que os interesses?
Na verdade, a sucessão está na porta, e eu vim de um processo que ninguém bateria na imbatível dona Antônia. Nós vínhamos do segundo mandato e batemos a dona Antônia, com a diferença de 1.400 votos. E aí começou essa história toda dos interesses pessoais, não os interesses da cidade. O que mais incomodava nessa história é que não escolheram trabalhar pela cidade.



Como assim?
Para você ter uma idéia, não foi feito um palmo de rua nessa cidade no meu afastamento, não foi feita nenhuma escola nova, não foi feito um posto de saúde, não foi feita uma casa nova, uma drenagem nova, a não ser o que eu mesmo tinha deixado. Na verdade, escolheram bater em mim e à cidade não deram nada. E mais: deixaram débito de encargos sociais. Então, foi muito complicado conviver com isso, tornar a Prefeitura adimplente, como em um mês a gente a tornou adimplente e já começamos a tocar as obras. Como é que você sai do período de um ano e seis meses em que não acontecia uma obra e depois de um mês você já lança um pacote de 7 milhões de reais? Esse é o esforço, o desejo, é o desejo de juntar gente boa nesse processo. Nessa história toda de inadimplência, de ir pra cima, eu mesmo pessoalmente, mesmo com advogado, com secretários designados pela Receita Federal, eu mesmo ia à Receita Federal para ver como essa coisa estava. Então eu sou muito de estar em cima das coisas. Até me acho um determinado. Acho que sou mesmo um determinado. Mas do que nunca agora eu vi tudo isso. E por outro lado hoje já me tranqüiliza um pouco mais porque eu sei que dá para fechar o mandato ano que vem com um trabalho que a gente está querendo implementar, que já estamos articulado para que possamos possa fechar a gestão direitinho.

Pouco depois de um mês após reassumir Prefeitura, Areal lança pacote de obras de 7 milhões de reais
Pouco depois de um mês após reassumir Prefeitura, Areal lança pacote de obras de 7 milhões de reais
Acha que consegue concluir todo esse trabalho até o final do seu mandato?
Quero ver se a gente fecha cem por cento da cidade pavimentada e se conseguimos melhorar basicamente a auto-estima da turma que mora aqui. O que mais incomodava nessa história é que as pessoas viviam sem norte pela insegurança política causada com a falta do prefeito. Todo dia mudava, fica prefeito, volta prefeito, ele sai hoje, volta hoje, não volta nunca mais. Daqui a pouco já muda prefeito porque mudou a presidência da Câmara. Essa insegurança política causou medo nos empreendedores da cidade. Então as obras pararam, as coisas pararam, aí foi desaquecendo a nossa economia. Esse recomeço é um pouco de bota fogo na fogueira. Bota esse dinheiro para circular, que Sena Madureira já sacode a poeira.  O que desejo é, mesmo nesse período pequeno, dar uma resposta à cidade que confiou em mim. Então é juntar um pouco desse monte de sentimentos, uns muito tristes, muita dor nessa história toda. Mas deu para segurar e nessa hora é a fé mesmo. Eu sou um daqueles que acreditaram, enquanto alguns amigos muito próximos, inclusive perderam essa fé. E quando eu falava, diziam que não conseguiríamos. Graças a Deus deu tudo certo. A cidade já está voltando a borbulhar, a pulsar. Espero que a gente, com um monte de atividades, possa devolver um pouquinho da dignidade que esta cidade quer e precisa.

Nilson Areal e Jairo Cassiano foram absolvidos pelo TSE por cinco votos favoráveis
Nilson Areal e Jairo Cassiano foram absolvidos pelo TSE por cinco votos favoráveis
Prefeito, o senhor lutou muito e todo o mundo acompanhou. Até os adversários, quando o senhor voltou, o elogiaram pela luta e pela insistência em Brasília. Durante todo esse tempo de luta, achava que voltaria?
Eu sempre tive convicção de que voltaria, porque eu sabia o que tinha feito na eleição. Quando eu ia ler os jornais locais, e lá em Brasília eu fiz muito isso, aparecia especialista eleitoral todos os dias, mas eu nunca tinha chance nenhuma. Não sei se por que já tinham cassado o Vilseu Ferreira e o Juarez Leitão, eu seria o próximo. E tem mais: como é que um ministro toma uma decisão e depois muda? Então eram muitas coisas acontecendo. Como é que um prefeito do interior do Acre consegue voltar? Graças a Deus, teve uma coisa muito bacana nessa história. Me cerquei de bons advogados. Trabalhava com uma banca classe A, meu partido ajudou muito, muitos amigos ajudaram. A gente ganhou no processo do Jairo e saímos derrubando um a um.

E quanto aos outros processos contra o senhor, que ainda tramitam na Justiça?
Na verdade, no meu afastamento, tinham um desejo de ferrar o Nílson Areal, de tentar aniquilar mesmo, acabar politicamente comigo. Todos os processos que batiam aqui dentro viravam um processo em que pudesse haver desvio de recursos. E foram entrando na Justiça. São quatro processos desses. Todas as vezes em que eu tomava conhecimento de um processo eu oficializava pedido, de forma legal, para ter acesso aos documentos aqui na Prefeitura. Protocolava os pedidos para que eu pudesse me defender, mas sempre me negavam o acesso a esses documentos, por isso fiquei sem poder me defender. Nunca entendi porque me negavam isso. Eu reiterava, reiterava. Alguns deles eu reiterei quatro, cinco vezes, e a Prefeitura nunca me atendeu. Estou consciente e pedi à Justiça para verdadeiramente restabelecer minha defesa. Como estabeleci comissões aqui dentro, a turma está trabalhando para que possa apresentar defesa em cada um dos processos. Não tenho medo nem problema em responder a cada um.

No tempo em que o senhor esteve cassado, foi muito doloroso não poder contar com pessoas que o senhor ajudou, que se diziam ser leiais. Deu para saber quem são os verdadeiros amigos?
Acho que esta foi a parte melhor. Extremamente dolorida, até sangrenta. Em mim, ainda sangra muito porque eu não consigo trabalhar com quem não aprendo a gostar. Essa é  talvez uma dificuldade que eu tenho. Então em mim ainda sangra. Alguns amigos da Prefeitura, não do Nilson Areal, que só compreendi com o passar do tempo. Com o afastamento, mudou-se de lado como quem muda de roupa. Agora é uma pena porque alguns outros que você nem dava a menor importância foram tão firmes, tão companheiros, tão solidários. Inclusive alguns secretários na hora em que a gente mais precisou mudaram de camisa, mudaram de roupa, de time.  Houve uma coisa boa nessa história. É que os amigos continuaram firmes. E deu para a gente saber quem é quem. Agora, precisava passar por esse processo todo? Dificuldades na vida temos todos os dias, como temos na casa da gente. Agora, se formos mudar de amigos todos os dias fica realmente muito complicado. O bacana nessa história é que agora conheci quem são os verdadeiros. Esses sim.

Como está a Prefeitura hoje, as finanças? Deu para equilibrar? De onde estão vindo os recursos para as obras?
Com a história da inadimplência, alguns recursos ficaram retidos. E não podem ser liberados. A Prefeitura pode ter todas as negativações, mas se ela tiver com o INSS vai continuar a não receber nada. O primeiro ato que fizemos foi focar no INSS, então começamos a liberar alguns recursos importantes para a cidade, inclusive com o novo decreto da presidente Dilma. Como são restos a pagar, a gente corria o risco de perder o dinheiro das ruas, das casas, da drenagem, das estradas. Quando a gente focou no INSS, desarmamos isso. E alguns recursos estavam aqui licitados, mas o governo federal ia cancelar porque não tinha o INSS. E como é que dá essa reviravolta? Fomos buscar um parcelamento. Recebemos só de encargos sociais em torno de 5 milhões que temos todo mês. Chegando e tratamos de cuidar disso para poder lançar as obras. Na hora em que desatou o INSS, as obras começaram a surgir, as deliberações, as possibilidades reais para a gente poder recomeçar. E lançamos um pacote de obras depois de apenas um mês e quinze dias que havíamos assumido. Não entendo porque as pessoas que passaram por aqui nunca tiveram uma ação incisiva de obras na cidade. Na verdade, quando deixaram o INSS atrasado, também afundaram a Prefeitura.

Para ouvir população, Areal toma café da manhã com moradores de Sena Madureira. Na foto, com agricultores que serão beneficiados com reabertura de ramais
Para ouvir população, Areal toma café da manhã com moradores de Sena Madureira. Na foto, com agricultores que serão beneficiados com reabertura de ramais
O senhor já tem candidato à sucessão?
Não. Candidato não. Mas vou participar intensamente desse processo, mesmo não podendo ser candidato. Vou participar como participei das minhas duas últimas campanhas, porque Sena Madureira precisa disso. Eu sou um filho daqui e tenho muito orgulho de ser daqui. Muito orgulho mesmo. Não tenho nomes. Milito dentro do campo partidário, de grandes alianças. E, nesse campo de alianças, precisamos de um candidato que dê continuidade a esse ritmo crescente em Sena Madureira. Acho que Sena não pode retroagir com alguém muito quietinho ou alguém paradinho. Sena tem de dar uma compensada nesse tempo que perdeu. Por isso vou me jogar dentro dessa eleição.

As pessoas comentam de Nelson Sales e Mano Rufino como sendo os nomes preferidos. O senhor poderia lançá-los?
Não, na verdade não há isso. Não há nenhuma conversa. Puro boato. Mas é assim: tenho dito para todo o mundo, inclusive no campo político, quando a gente se reúne com todos os partidos da Frente Popular que não dá para medir isso agora. Acabamos de chegar. Agora, lá para o fim de setembro, a gente vai ver como a coisa está, como é que a cidade reage a esse pontapé que a Prefeitura deu, a esse trabalho que a Prefeitura empreendeu. Então não dá para lançar alguém neste momento. Estamos chegando e nem sabemos qual o sentimento ainda. Há certa dúvida da comunidade. Na hora em que os benefícios começarem a bater na porta de cada morador dessa cidade, então ele vai dizer que a Prefeitura está chegando. Porque, por mais que haja investimentos do governo federal e do governo estadual, quem norteia o desenvolvimento da cidade é a Prefeitura. Não há nomes, há pessoas do grupo político da Frente Popular que a gente deve trabalhar para isso.

Como o senhor observa o governo Tião Viana?
Nós temos uma relação muito tranqüila. O governador Tião Viana já veio aqui conosco três vezes em menos de três meses. Ele segue uma metodologia completamente diferenciada do que a gente viveu no passado, com o governador Jorge e com o governador Binho. O governo tem alguns projetos que vem executando não só com a Prefeitura de Sena, mas com municípios do Acre inteiro. O que a gente tem pedido, graças Deus, as coisas têm acontecido aqui. Mesmo agora, com a primeira etapa do programa Ruas do Povo, nós já estamos discutindo a  segunda etapa para poder priorizar os bairros da cidade. E tenho visto que o Tião e sua equipe têm um olhar diferenciado para Sena Madureira.

Parceria da Prefeitura e governo do Estado, por meio do Programa Ruas do Povo, leva asfalto a bairros
Parceria da Prefeitura e governo do Estado, por meio do Programa Ruas do Povo, leva asfalto a bairros
O ritmo de trabalho do governador Tião Viana pode ser comparado com os governos de Jorge Viana e Binho Marques?
Eu acho completamente diferente dos dois, quanto do Jorge quanto do Binho. O do Jorge foi aquela história de quebrar e forçar mesmo nessa pedra bruta, do rompimento de um monte de cadeias estabelecidas no estado do Acre, no campo de vista político e do administrativo. O Binho é extremamente técnico, mais reservado. Fez algumas visitas a Sena Madureira sem avisar a ninguém. Chegava e simplesmente visitava os prédios e ia embora. O Tião, não. Ele faz mais o mais político. Ele está executando, mas quer vir acompanhar um pouco de perto. Ele termina exercendo um pouco dos dois papéis do político.. Aqui, se você olhar completando cem dias de governo, já foram  anunciandos investimentos em torno de 10 milhões de reais. Não é pouco para uma cidade do tamanho da nossa. E é bom quando ele vem para anunciar isso porque o compromisso não é só com o prefeito. Ele se compromete com a comunidade. Então não tem somente o prefeito cobrando. Tem a Câmara, a comunidade, os líderes comunitários, as associações de moradores, além das pessoas comuns. É todo o mundo compartilhando desse comprometimento. Eu acho que o governo do Tião tem um pouco disso. Ele executa, mas vem para fazer o pacto político.

Prefeito visita obras de reabertura de ramais
Prefeito visita obras de reabertura de ramais
O senhor votou na Dilma Rousseff ? Ela está correspondendo às suas expectativas?
O primeiro governo de qualquer presidente é sempre muito trabalho. Isso também foi no governo do presidente Lula, que acompanhei. Fui eleitor da presidente Dilma e trabalhei intensamente na eleição.  Agora, o primeiro ano é sempre muito complicado, como foi e tem sido esse. Se você olhar, verá que o mapa de liberação das emendas, mesmo de emendas individuais, é muito ruim. Mas acreditamos que com o passar desse tempo as coisas podem se normalizar. Esse primeiro processo é de uma nova equipe chegando. Inicialmente, ele não é favorável, até por conta dos recursos previstos que não estão consolidados no Orçamento. Inicialmente, houve essa história do contingenciamento, que é comum. No segundo ano de governo, sempre é um ano muito bacana. O segundo ano do presidente Lula para mim foi o melhor. Acho que a presidente Dilma exerce um pouco dessa rotina do ajuste dos ministérios, da nova equipe técnica, da composição política. Mas, a partir do segundo semestre, já começam as liberações de recursos.

E concurso público, tem como alguma coisa prevista esse ano para Sena?
Tem sim. Quem reclama muito que não tem concurso, que há muitos provisórios, isso vai acabar. A Câmara de Vereadores já autorizou e a Prefeitura já expediu um decreto autorizando concurso para médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e médicos veterinários. Essa é a primeira etapa que começa na área de saúde. E por que na saúde? Primeiro para que a gente possa dar uma resposta à população que tanto precisa  atendimento. Infelizmente, só temos quatro médicos contratados portando CRM. Não temos como trazer outros de fora porque há uma grande dificuldade de buscar profissionais credenciados. Por isso, estabelecemos o concurso. Espero que a gente possa preencher todas as vagas na área de saúde. Para este ano, está previsto esse concurso e, até setembro, deveremos abrir outro para todas as áreas, incluindo a educação.

A violência em Sena Madureira aumentou muito. Todos os dias há mortes, drogas. O senhor já tem alguma parceria com os governos federal e estadual para amenizar essa situação?
Na verdade, a violência é um problema do Brasil inteiro. É claro que isso não pode ser usado como desculpa. Mas acho que verdadeiramente precisamos juntar todo o mundo e, principalmente, as esferas do Judiciário. Não dá, mesmo que para menor, que a gente fique passando a mão na cabeça. Um prende, outro manda soltar. Acho que devemos nos unir para tomar uma decisão dura. A legislação também é muito falha e não depende mais da gente, principalmente da Prefeitura. Dizem que é falta de políticas públicas, mas falta também o acompanhamento familiar, que começa lá na casa do infrator. Dizem que faltou política pública, mas por que essa molecada não levou uma chinelada de sandália havaiana lá atrás? Porque eu conheço um monte de gente que vive em extrema pobreza e vulnerabilidade social, mas está estudando, trabalhando para conseguir uma oportunidade. Tem outros que preferem ir pra esculhambação cedo. Ou sentamos para nos posicionar ou então vai continuar a polícia prendendo e, em seguida, soltando. Isso é muito complicado, porque desanima, desarticula, desestimula. Acho que nesse aspecto a gente precisa juntar governo do estado, poder Judiciário, Ministério Público para uma ação conjunta. Isso sim. Inicialmente precisa-se de uma ação repressora, e precisa mesmo. Temos de dar uma resposta para que as pessoas de bem vivam com maior segurança. Hoje em dia você vai a um local e matam um na tua frente, mas o menor não pode ser preso. Tem um monte de coisas para serem discutidas.

Economia de Sena é aquecida com novos investimentos da Prefeitura
Economia de Sena é aquecida com novos investimentos da Prefeitura
Acredita que terá apoio suficiente para resolver todos esses problemas?
Acho que nesse momento novo que Sena vive temos de nos juntar, independentemente de quem votou em mim em 2008, quem votou na dona Antônia ou em quem quer que seja. Ou Sena se junta para ganhar a cidade ou então não sei o que poderá acontecer. Fico muito preocupado quando um ou outro, aqui e acolá, estabelece o ódio, contenda em uma cidade que já passou por tantos problemas. Vejo uma turma na Prefeitura pegada que me acompanha, uma turma abnegada para fazer um trabalho. Aqui e acolá soltam uma notícia ruim, notícia complicada. Na verdade, tentando desarticular. Acho que a alegria que começa agora não pode se perder mais.  Então, vou trabalhar com esse cenário, até não gostando de alguns, mas aprendi a conviver, para que minha cidade possa ganhar. Vou trabalhar de manhã, de tarde e de noite para que Sena volte brilhar como sempre brilhou no estado do Acre.

Mas o senhor tem recebido o apoio de muitas pessoas, até mesmo de adversários...
Tenho sim. A gente tem de reconhecer. Isso é bacana. Muitas vezes a gente toma uma decisão que não deveria ser daquele jeito. Eu mesmo reconheço. Quando você vê que a cidade começa a ganhar, que as coisas começam a andar, é bom que se reconheça. Se vai bater lá na frente, do ponto de vista eleitoral ou não, é outra conversa. Esse é o momento de juntar os cacos porque só sobraram alguns fragmentos. É a hora da cola, de estabelecer essa liga importante pela cidade. E eu digo sempre que estou na lista dessa construção do bem. Que essa cidade possa rapidamente resgatar a auto-estima e que os nossos irmãos voltem a ter orgulho de morar aqui.
Matéria:contilnet.com.br

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