domingo, 3 de abril de 2011

CADÊ A NEGOCIAÇÃO ?

Foto da Assembléia/arquivo do blog/Foto:Emerson Cunha
Prevista para o dia 31 de março, a resposta do governo cedeu lugar para busca do consenso entre setores militares, envolvendo os comandos, a Associação dos Militares Estaduais do Acre (AME/AC) e a comissão especial formando pelos clubes e associações da PM e Corpo de Bombeiros. Formulada a tabela a ser apresenta, a tropa solicita agora o início das negociações.
De acordo com o sargento Jusciner, presidente da Associação das Praças do Corpo de Bombeiros (Aprabmac), a data limite para resposta do governo serviu para que os militares entrassem no consenso, o que aconteceu na última reunião, no qual foi firmada uma tabela única.
De acordo com o relatório da reunião, publicado neste blog, no dia 5 será protocolado um documento a ser assinado pelas entidades e comandos da PM e BM solicitando uma data limite para uma resposta do governo,  que possivelmente seja o dia 6 de abril.
Até lá, os membros da comissão estão entrando em contato com associações e clubes do Brasil colhendo elementos que favoreçam na argumentação e se prepando ações de advertência caso o governo se torne insensível aos anseios dos militares.

Conversa fiada

Diante da pouca informação, alguns militares que são contra a comissão, começaram a espalhar boatos nos quartéis afirmando que o governo só estaria disposto a dar R$ 2.500, como salário inicial e levantaram suspeitas entre os milicianos.
“Tudo o que não vier da comissão é conversa fiada. Os militares não devem dar ouvidos. A nossa proposta é a tabela que consta nesse blog e não existe outro valor”, afirma Jusciner.
Para o deputado Major Rocha, esses tipo de conversa sempre existiu por parte de algumas pessoas que trabalham no intuito de fragmentar o movimento.
“Não existe plano ‘B’. Não existe segunda tabela. A comissão deverá sentar para negociar os valores acordados nas reuniões. Caso o governo venha colocar os militares em situação desconfortável, já afirmei que convocarei para uma assembléia propondo uma greve”, disse o deputado.

Uma ajuda bem-vinda
Um (a) militar, que deixou apenas seu e-mail para identificação (cansadosdodescasopmac@hotmail.com), andou espanhando pelas unidades militares um texto com o título "Consados do descaso" no qual procura expressar o sentimento da categoria quanto a questão salarial e as práticas do governo. Elaborando uma lista de argumentos, o objetivo do autor é chamar os milicianos para a união.
"EU ACREDITO que iremos mostrar nossa força, mostrar que somos um gigante adormecido que está acordando, pois uma corporação unida ninguém pode parar", afirma o texto. 

 Opinião: Como São Tomé

O que existe na verdade é uma categoria que ao longo do tempo foi esquecida e reprimida pelo governo e pelos comandos. Desiludida, sem amparos e com uma força de vontade de melhorar a segurança pública do Acre, assim é a categoria dos militares, do qual, eu, administrador faço parte. É preciso que esse governo melhore as condições salariais que o próprio governo petista não o fez ao longo dos anos, a fim de evitar a primeira greve militar da história do Acre.
Para muitos, o que existe é uma forma de conter os ânimos de revolta e dissuadir sobre uma possível greve. O que temos que entender é que os militares só acreditarão nos projetos do governo quando o resultado da negociação estiver nos números do contracheque, de preferência na conta bancária.
A comissão já me deu motivos para acreditar, é preciso que o governo agora faça a sua parte se não quiser que os militares cheguem ao extremo.

Os militares ficam sempre com um pé atrás, pensando: "será que mais uma vez iremos ser tapeados e se contentar só com promessas". A maioria da nossa classe já começa a desconfiar e espera uma resposta o mais rápido possivel.

Fonte Blog a4demaio.blogspot.com

Um comentário:

  1. Com a televisão mostrando quase todo dia policiais militares abusando se sua autoridade diante das câmeras, fica difícil pro estado aceitar fortificar uma instituição que tem membros marginais, claro que não são todos...existem policiais bons que merecem ganhar até mais que 5 mil por mês, mas em contrapartida tem policial que deveria tá é preso. E é essa panela de marginais que queima a imagem da corporação, infelizmente a opinião publica se baseia nos bandidos fardados e não nos grandes homens que trabalham e repitam a sociedade, os bons policiais que são exemplos de cidadania e respeito. Aos bons é pouco o que está sendo reivindicado.

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