quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Terremoto da corrupção

Imagem:a4demaio.blogspot.com
 Sem argumento convincente, Eduardo Farias ataca deputado Rocha, afirmando que ele
teria dificuldades de ler, e num profundo gesto de intolerância, sugere que o parlamentar tucano, que compre um carro de pipoca para aprender a administrar. Base de sustentação
se reserva na defesa de Jorge Viana e, da BR-364, que segundo levantamento
do TCU, já consumiu mais de R$ 1 bilhão em sua execução.
O descontrole dos deputados da base de sustentação marcou a sessão desta quarta-feira, 31, depois que a revista ISTOÉ tornou público em nível nacional, os gastos exorbitantes com a execução das obras da BR-364 [Sena Madureira/Cruzeiro do Sul], além da relação estreita entre os cardeais da Frente Popular do Acre, com as empreiteiras que trabalham há mais de 16 anos na pavimentação da estrada que já consumiu mais de R$ 1 bilhão de reais em recursos do governo federal.
Após a divulgação das informações pela revista de circulação nacional, o deputado Rocha (PSDB), denunciou na tribuna da Aleac, mais um episódio que envolve indícios de corrupção e  desvio de dinheiro publica na recapagem de um trecho de 11 km da estrada, onde foram consumidos mais de R$ 22 milhões, demandando aproximadamente R$ 2 milhões por km recuperado em mais um suposto aditivo a obra.
Segundo o deputado Rocha, trechos da estrada estão se desfazendo, e algumas autoridades ainda teriam afirmado que seria o terremoto que teria atingido a obra. “O terremoto que destruiu parte da BR-364 foi o terremoto da corrupção. O governo petista gastou mais de R$ 22 milhões para recuperar 11 km da BR-364, recursos do BNDES, e não adiante vir falar que é mentira, porque a placa está lá, só não ver quem tem dificuldades de enxergar”, afirmou Rocha.
As denúncias do tucano foram rebatidas com o descontrole comum do deputado comunista Eduardo Farias, que após Rocha se ausentar do plenário, disse que o oposicionista “colocava fogo nas questões e fugia para não ver o tamanho do estrago”, bradou Farias, que continuando o pronunciamento destemperado, disse que iria falar porque o sistema de som faria Rocha escutar, onde estivesse escondido.

“Não admito que uma pessoa sem qualquer tipo de conhecimento venha à tribuna fazer denúncias vazias. O deputado tem direito a denunciar, até porque, não tem informações da obra. O contrato da obra tem que ter garantias de no mínimo cinco anos”, disse Farias, querendo repassar a opinião publica que os gastos constantes na placa de recuperação do trecho fizessem parte de uma suposta garantia da empreiteira. Mas ele em nenhum momento se referiu aos muitos aditivos [aumento de preço] que o governo do Acre já concedeu a empreiteiros.
Visivelmente irritado e sem argumento, Farias partiu para a agressão pessoal, afirmando que Rocha não tinha capacidade administrativa para administrar sequer um pelotão, e sugeriu que o deputado, que é formado em Direito e Jornalismo, comprasse um carro de pipoca para aprender a administrar.
“Seus tipos de ação refletem uma pessoa que nunca administrou sequer um pelotão. A placa é de quem faz a obra. É obrigado. O senhor tem dificuldade de ler. Para uma pessoa que tem dificuldades de administra, um carro de pipoca já é um bom começo”,  disse Farias.
Em resposta aos gritinhos do comunista, Rocha tascou: “Não faço firula, a placa está lá para quem quiser ver. Na obra da BR-364 tem corrupção, sim! Uma simples recuperação saiu a mais de R$ 2 milhões o quilômetro. Essa é a obra. É caro construir estrada do Amazonas, é caro, mas quando o governo Orlei Cameli construiu o km a 300 mil, os petistas disseram que ele estava roubando. Se a estrada tem garantias, porque as máquinas do Deracre estavam recuperando um trecho da BR? O trecho entre Sena Madureira e Manuel urbano nem foi entregue e já não presta mais”.
O líder do bloco de oposição respondeu a altura os ataques pessoais do deputado Farias, pedindo para ele sair do gabinete e ver a realidade dos processos administrativos do governo petista. “Não fique aqui no ar-condicionado, vá ver a realidade. Vá ver a estrada que seu governo construiu. Não tenho cargo no governo para defender, estou aqui para fiscalizar, respeite o trabalho da oposição. É muito fácil chegar aqui e criticar a oposição, mas qual a solução, deputado?”, questionou Rocha
Matéria:Ray Melo, da redação de ac24horas

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