A partir desta quinta-feira (04), motofretistas e mototaxistas teriam de usar dispositivos protetores de pernas (os populares “mata-cachorro”) e antenas “aparadoras de linha” para evitar que pipas com cerol provoquem acidentes, como o que aconteceu com o motoboy Cristiano Mendes que por muito pouco não perdeu a vida por causa de uma linha de cerol. Em blitz feita pela manhã de hoje, no centro de Rio Branco, o ac24horas constatou que muitos profissionais desconhecem a resolução.
Por telefone, Otis Keener da RBTRANS, disse que até agora não há nada de oficial com relação à fiscalização. E tem razão, muitos mototaxistas de Rio Branco desconhecem a resolução.
- Eu me interessei pelo assunto depois que quase fui a óbito por causa de uma linha de cerol. Mas tem muitos companheiros que desconhecem até por que não foi feita nenhuma campanha para esclarecer o uso obrigatório do equipamento – disse Mendes.
Ana Gomes, que utiliza o serviço de mototaxi quase toda semana para fazer tratamento no Hospital das Clinicas, disse que apoia o uso do equipamento. "Salva a vida do mototaxista e da nossa que somos passageiros", declarou a dona de Casa.
Em junho e agosto do ano passado, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou duas resoluções para disciplinar os requisitos para um profissional atuar como motofretistas e os dispositivos de segurança obrigatórios. Elas entrariam em vigor em um ano, prazo no qual os Estados deveriam se ajustar.
O órgão nacional agora afirma que os Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) estão solicitando mais tempo, pois não conseguiram se adequar às novas regras, principalmente à que determina cursos de formação para os condutores. A legislação passou a prever um curso com carga horária de 30 horas. Os candidatos terão aulas, por exemplo, de ética, cidadania e gestão de riscos de acidentes (guiar com chuva, posicionamento na via). A decisão sobre a data será anunciada na próxima semana.
O ac24horas tentou manter contato com a diretoria do DETRAN-AC. Através de telefone fomos informado que a diretoria estava em reunião. Ela não a retornou para o número de telefone da redação. Não há registros de mortes provocadas por acidentes com linha de cerol em Rio Branco. Não se sabe se o Acre integra os Estados que pediram maior prazo para se adequar à nova regra.
Matéria:Jairo Carioca/redação de ac24horas
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