Muitos 'crentes' reclamam que são usados em tempos de eleição, mas que na hora de participar do “bolo”, são excluídos.
Jamil Asfury é a favor de uma candidatura majoritária evangélica
O crescimento do povo evangélico no Acre e sua representatividade social e política começam a provocar nos líderes das várias denominações cristãs um pensamento: o de que é possível uma candidatura ‘puro sangue evangélico’ à prefeitura de Rio Branco.
Levantamento do IBGE revela que em Rio Branco 42,6% da população é evangélica, por isso a capital do Acre é a segunda cidade em termos percentuais com o maior número de pessoas que professam a fé protestante.
A força dos evangélicos é evidenciada em manifestações como a Marcha Para Jesus, que este ano levou as ruas mais de 40 mil pessoas e a noite gospel na Expoacre, que todo ano tem batido recorde de público, impressionando os organizadores do evento.
Há algum tempo, o olhar gordo dos políticos se volta para a massa cristã. Tem sido assim nos últimos anos. O resultado é uma quantidade enorme de crentes reclamando que são usados em tempos de eleição, mas que na hora de participar do “bolo”, são excluídos. E cumpre-se aquele ditado: “vem a nós e ao vosso reino, nada”.
Deputada federal Antonia Lucia, do PSC/Foto: Wania Pinheiro
O deputado Jamil Asfury, Dem, é um dos que é a favor de uma candidatura majoritária evangélica. Para ele “chega de o povo evangélico ser usado para eleger aqueles que depois que são eleitos excluem os que o elegeram”, diz o parlamentar se referindo ao o governo da Frente Popular do Acre, que nos últimos anos tem se elegido com a ajuda dos evangélicos, mas exclui seus representantes de discussões importantes de cunho social.
O raciocínio de Jamil Asfury impera nas igrejas e já se pode observar uma terceira via ideológico-politica, que não lê a cartilha da oposição e nem a do governo. Seria uma linha baseada em princípios familiares e de valorização das pessoas, argumenta Asfury.
Apóstolo Ildson deverá disputar a Prefeitura de Rio Branco pelo Partido Progressista
Pensamento parecido tem o Apóstolo Ildson, que hoje está no PSDB, mas deve se filiar ao PP, para ser pré-candidato a Prefeitura de Rio Branco. Mas com uma condição: o Partido Progressista deve sair da Frente Popular do Acre.
José Ildson que foi candidato a vice-governador na chapa de Tião Bocalom, nas eleições passadas, considera que parte da votação expressiva do candidato da oposição, que assustou a FPA, se deve a sua participação. “Aqui em Rio Branco o povo evangélico é forte e aqui ganhamos do PT nas ultima eleições”, diz o apóstolo.
Então, possivelmente, teremos três pré-candidaturas evangélicas: a de José Ildson, pelo PP, a do deputado federal Henrique Afonso, PV e a da deputada federal Antonia Lucia, PSC.
Matéria:Luciano Tavares/Agência ContilNet
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