Presidente da OAB defende atuação da imprensa na fiscalização e denúncias de corrupção
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, diz que a operação do Palácio do Planalto para soterrar a CPI dos Transportes foi uma “facada no coração dos brasileiros”. Para Cavalcante, a não investigação das denúncias de corrupção contribui para a sensação de impunidade aos que transformam o bem público em privado.
Na opinião do presidente da OAB, enquanto pessoas não comprometidas com a sociedade estiverem no poder em Brasília, o Estado brasileiro será solapado para proveito de pequenos grupos políticos.
Após os escândalos de malversação na estrutura do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, a oposição se mobilizou no Senado para formar a CPI dos Transportes. As 27 assinaturas necessárias para o início da comissão foram conseguidas na volta do recesso parlamentar, esta semana.
Mas a alegria da oposição durou pouco. Três senadores voltaram atrás e retiraram seus nomes: Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), João Durval (PDT-BA) e Reditário Cassol (PP-RO). Com a retirada das assinaturas, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) enviou o requerimento da CPI para a gaveta.
Ophir Cavalcante defendeu a atuação da imprensa na defesa dos interesses da sociedade, apontando-a como principal protagonista em denúncias de corrupção. O presidente ainda ressaltou a necessidade da atuação do Ministério Público na fiscalização e denúncias na estrutura do governo. “A Justiça precisa agir para não alimentar o espírito de impunidade na sociedade”, disse ele.
Ophir Cavalcante foi um dos entrevistados do programa “Gazeta Entrevista”.
Matéria:agazeta.net
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