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Ex-ministro oficializa saída do PR da base do governo Dilma Rousseff.
Independência é resultado de 'sólido' consenso entre bancadas, diz senador.
O ex-ministro e senador Alfredo Nascimento (PR-AM) disse nesta terça-feira (16), durante discurso no Senado, que o partido abre mão de todos os cargos no governo federal ocupados por indicação de sua bancada.
"Neste momento, abrimos mão de todos os cargos hoje ocupados por indicação de nossas bancadas. Tais espaços estão à disposição da administração federal", afirmou Nascimento, que também é presidente nacional do PR.
Segundo Nascimento, o atual ministro dos Transportes, Paulo Passos, merece “reconhecimento” pelo seu trabalho, mas não é “o legítimo representante do nosso partido no governo federal”.
Nascimento disse que a declaração de independência é resultado de sólido consenso” das bancadas do PR na Câmara e no Senado. De acordo com ele, o partido pretende agora participar de modo construtivo” do debate dos projetos no Congresso.
No início de julho, após uma série de denúncias sobre a existência de um suposto esquema de superfaturamento de obras envolvendo servidores da pasta, o então ministro Alfredo Nascimento pediu demissão.
Além de Nascimento, mais de 20 integrantes do ministério e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram demitidos ou pediram demissão, vários deles ligados ao PR.
Durante discurso, Nascimento afirmou que a falta de “confiança, respeito e lealdade” nas relações com o governo com o partido motivou a decisão de deixar a base.
“"No momento em que tais condições não mais se colocam como base do nosso relacionamento com o governo, entendemos ter chegado o momento de atuar com mais autonomia"”, disse.
Ele declarou, porém, que o PR não pretende fazer “jogo político rasteiro” contra o governo. E descartou “revanche, constrangimento ou chantagem” nas relações com o Planalto.
Apoio incondicional
O senador disse que o PR ofereceu “apoio incondicional e decisivo” ao governo nos últimos oito anos e meio, mas que representantes do partido foram tratado por Dilma “como aliados de "pouca categoria, fisiológicos e "oportunistas" sem compromissos nem história em comum com o governo que aí está.”
O senador disse que o PR ofereceu “apoio incondicional e decisivo” ao governo nos últimos oito anos e meio, mas que representantes do partido foram tratado por Dilma “como aliados de "pouca categoria, fisiológicos e "oportunistas" sem compromissos nem história em comum com o governo que aí está.”
Nascimento disse que o partido apóia a apuração de denúncias de corrupção contra o ministério, mas criticou o que chamou de “Estado policial e intimidatório amparado por manchetes de jornal.”
Ele afirmou que a crise no Ministério dos Transportes, com denúncias de corrupção contra integrantes do PR, ajudou a “fortalecer ainda mais a coesão interna e os princípios éticos” do partido.
Segundo o ex-ministro, a decisão de deixar a base de apoio ao governo “esvazia qualquer aposta na divisão” da bancada do PR.
Matéria:g1.globo.com
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