quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sindicalista protagoniza cena inusitada na Assembléia Legislativa

Beto Calixto manifesta indignação dos agentes/Fotos: Selmo Melo
Segundo Beto Calixto, a unidade funciona em condições precárias de segurança, com apenas seis agentes para 87 internos.

Beto Calixto manifesta indignação dos agentes/Fotos: Selmo Melo
O presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducadores, Beto Calixto, protagonizou uma cena inusitada na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quinta-feira (1º).

Acompanhado por familiares de socioeducadores e agentes, o sindicalista gritava por apoio dos deputados à categoria.

“Queremos que os deputados nos ouçam. Que alguém venha aqui e nos atenda. Estamos cansados das injustiças. Quatro agentes foram presos, acusados por um infrator. Outros sete estão com mandado de prisão. E nada é feito.

Não é a primeira vez que a gente vem aqui e não é ouvido. Saiam daí e nos ouçam!”. Enquanto Beto discursava, os que o acompanhavam também diziam: “queremos ser ouvidos, queremos ser ouvidos!”

Os brados eram dados no momento de uma sessão solene em homenagem aos educadores físicos. O deputado José Luiz Tchê (PDT), que presidia os trabalhos, não gostou da manifestação e pediu que os agentes respeitassem a solenidade. “Pedimos ao rapaz que está aí que respeite a solenidade. Todas as vezes que vocês pedem a gente recebe”.

Outro que não gostou dos gritos dos manifestantes foi o líder do PT na Assembléia, deputado Geraldo Pereira. “Às vezes, o direito de um começa a perturbar o direito de outros”, disse Pereira.

O manifesto resulta da prisão de quatro agentes socioeducadores e o mandado judicial a outros sete, devido a denúncias de um menor sobre agressões aos reeducandos da unidade de internação Aquiry.

Segundo Beto Calixto, a unidade funciona em condições precárias de segurança, com apenas seis agentes para 87 internos.

No Acre, atualmente, existem 206 agentes e, segundo o sindicato, seriam necessários mais 130 para dar suporte ao serviço de segurança nas unidades de internação.


Matéria:Luciano Tavares/Agência ContilNet
* Os governantes querem sempre os melhores resultados, mas nem sempre dão as condições necessárias para o trabalho, ai quem sofre com isso são os trabalhadores (princilpalmente os que trabalham na segurança) e a população, que pensa está tudo às mil maravilhas.

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