sexta-feira, 30 de setembro de 2011

11 MESES OU 334 DIAS DE ANGÚSTIA, EM BUSCA DE RESPOSTAS SOBRE A MORTE DE MEU PAI

Pedro Paulo Guedes Monteiro, falecido no dia 31

Há exatamente 11 (onze) meses, ou seja, há 334 (trezentos e trinta e quatro) dias, no dia 31 de Outubro de 2010, ás 11:45min, meu pai morria em cima de uma cama no hospital João Câncio Fernandes.
Até hoje ainda não tivemos respostas para algumas perguntas e questionamentos que toda a nossa família fez na época.
Vamos relembrar:
Porque a SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) só chegou à casa de meu Pai, depois de 15 minutos e após a segunda ligação, mesmo eu tendo me identificado (com o nome profissional, apelido e ainda relatar qual o percurso tinha que ser feito) e mesmo que esse percurso seja de no máximo 500 (quinhentos) metros, do Hospital até a residência do meu Pai e ainda na primeira ligação, a atendente ter dito que a Ambulância estava no hospital?
Porque a SAMU, chegou à residência do meu Pai somente com o motorista, mesmo depois de eu ter dito que meu Pai estava desmaiado?
Porque o paciente que dá entrada em um Hospital com pressão 0 (zero) e que é pra ficar sobre forte cuidado médico (em qualquer lugar do mundo), apenas recebeu um soro e foi encaminhado para enfermaria (que muitas vezes foi usada como isolamento)?
Porque mesmo depois de ser avaliado por um segundo médico o meu Pai continuou a receber o mesmo procedimento (ou seja, nenhum)?
Porque mesmo depois de ser alertado por familiares de que o soro que meu Pai estava recebendo na veia, tinha saído, nenhum enfermeiro foi recolocar o soro na veia de meu Pai?
Porque se tinha tanto Oxigênio no Hospital João Câncio Fernandes, meu pai passou quase uma hora no local e não foi colocado Oxigênio no mesmo, já que tinha sido recomendado até pelos médicos?
Porque só depois que meu Pai morreu, a enfermeira chefe passou com um “balão” de Oxigênio, para supostamente levar para o meu Pai?
Como alguém que a gente está vendo dar os seus últimos suspiros, por falta de ar, morre de Infarto Agudo do Miocárdio? Lembrando que não sou médico.
Seria muito fácil de responder a essas perguntas, se uma sindicância que foi instaurada com o prazo máximo de trinta dias para ser concluída, através da Portaria nº 112 de 16 de Dezembro de 2010, assinada pelo então Secretário de Saúde Osvaldo Sousa Leal, já tivesse o seu resultado divulgado, pois o prazo máximo para a sua conclusão foi de 30 (trinta), veja bem 30 (trinta) dias, não é 334 (trezentos e trinta e quatro), pois até hoje a família não recebeu nenhum comunicado com o resultado final dessa sindicância.
Quando foi para se defender de algo que a gente ainda não tinha nem se pronunciado, uma nota foi divulgada no mesmo dia, à tarde na rádio difusora de Sena Madureira dando explicação sobre o caso; mas as respostas que a família tanto quer saber até hoje, depois de 11(onze) meses, ou seja, 334 (trezentos e trinta e quatro) dias, ainda não obtivemos resultado.
No mesmo dia em que meu pai morreu, o corpo dele foi levado ao IML em Rio Branco, para fazer alguns exames, só que o resultado desses exames até hoje também não apareceram.
Você vai ver agora, os documentos referentes a todo o processo citado acima, inclusive um documento em que a diretora do Hospital Local envia um OF/HJCF/Nº 184/2010 datado de 04 de Outubro de 2010 em que a mesma solicita a abertura da referida sindicância,o detalhe é que o meu Pai faleceu dia 31.10.2010, ou seja, o ofício foi enviado, pelo que diz a data, 27 (vinte e sete) dias, antes do falecimento do mesmo; será isso fruto de uma organização? Em  conversa com a diretora do Hospital, há alguns(muitos) dias atrás, a mesma disse que a resposta sobre a sindicância não foi dada, pelo motivo da transição do governo. Será que essa transição nunca vai acabar?

Cópia do pedido de Abertura de sindicância

Questionamentos da família feito na época

Notificação da Sindicância

Portaria determindano sindicância e seus componentes

Boletim de atendimento do meu Pai

Histórico Clinica do Paciente (meu Pai)

Laudo para solicitação de internação hospitalar

Declaração de Óbito

Nota de esclarecimento divulgada na Rádio no dia do falecimento
Parte da ficha de prescrição médica


Parte da ficha de prescição médica

Parte da ficha de prescrição médica
* A ficha de prescrição médica é aonde o médico prescreve o atendimento e os enfermeiros, após realizarem a solicitação do médico, anotam do lado; como não consegui digitalizar inteira, coloquei por partes, mas a única coisa que se pode ver que foi feito, depois de tudo prescrito, foi o médico assinar o óbito do meu pai.
Espero que agora alguém (Secretário de Saúde ou Governo do Estado) possa dar uma resposta a nossa família. Pois a nós ainda sofremos sem explicações. 
Mas se aqui não for feito a Justiça, nós como bons cristãos que somos, saberemos que a de Deus, não vai falhar.

Um comentário:

  1. essa é uma resposta que ainda é esperada,como muitas outras que deveriam serem dadas...isso é um absurdo..um governo que brinca de fazer saúde.tudo cheio de maquiagem, só pituras e cadeiras novas...enquanto isso o povo padece...é brincadeira...

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