Menor diz que não queria matar adolescente que roubou sua bicicleta/Foto: Wania Pinheiro
A
violência em Sena Madureira não pára de crescer. Os moradores estão
assustados, e muitos já começam a ‘fazer justiça ’com as próprias mãos.
Um adolescente morto a pauladas no último domingo (13) deixou a população em choque. O motivo? Ele havia roubado a bicicleta de um jovem de apenas 17 anos, que acorda todos os dias as três da madrugada junto com a mãe para trabalhar na confecção de salgados.
Em entrevista exclusiva a Agência ContilNet, o jovem I.M.X. disse que comprou a bicicleta por R$ 450,00, deu R$ 50,00 de entrada e parcelou o restante em cinco vezes.
Ao pagar a primeira prestação, teve seu meio de transporte roubado. Durante alguns dias de investigação, descobriu o autor do roubo. Ao falar com ele e exigir que lhe entregasse a bicicleta, foi humilhado.
“Ele me chamou de ‘zé bu...’, me humilhou, ficou rindo da minha cara. Fiquei com muita raiva e dei-lhe umas ripadas. Mas eu não queria matar ninguém. Nunca fiz isso na minha vida”, conta o jovem com a voz embargada.
O delegado de Sena Madureira, Cleber Gnata, disse que o autor do crime não tem passagem pela polícia, e que se apresentou por livre e espontânea vontade na delegacia para confessar o homicídio.
De acordo com Gnata, quem vai decidir sobre o destino do jovem I.M.X., é o Ministério Público de Sena Madureira.
A mãe do menor estava com ele, mas chorava muito no momento da entrevista e não conseguiu responder as perguntas da reportagem. Com autorização da mãe, o jovem respondeu algumas perguntas da Agência ContilNet. Leia a seguir:
Agência ContilNet – Você confessou que matou um adolescente a pauladas no bairro Eugênio Areal. Por que fez isso?
Menor – Ele tinha roubado minha bicicleta, que eu tinha comprado trabalhando muito com a venda de salgados. Fiz uma compra parcelada e ele me roubou...
Agência ContilNet – Mas tinha que matar uma pessoa?
Menor – Acordo as três horas da manhã todos os dias da semana para fazer salgado com a minha mãe. Nossa vida é muito difícil, e só nós e Deus sabemos como tenho trabalhado para pagar as prestações dessa bicicleta e para comprar comida para a nossa casa. Fiquei com muita raiva quando ele me roubou, mas fiquei ainda com mais raiva quando ele riu da minha cara e me chamou de ‘zé buc...”...
Agência ContilNet – Em quantas vezes você fez esse parcelamento?
Menor – Dei uma entrada de R$ 50,00 e parcelei o restante em cinco vezes...
Agência ContilNet – Como soube que ele era a pessoa que levou a sua bicicleta?
Menor – Porque tenho a nota fiscal e conheço a minha bicicleta..
Agência ContilNet – E como ele reagiu ao ver você?
Menor – Ele roubou a minha bicicleta e ainda ficava andando nela, lá no bairro...
Agência ContilNet – E o que você disse?
Menor – Disse que queria a minha bicicleta, que era minha...
Agência ContilNet – E ele?
Menor – Me chamou de ‘zé buc...’, ficou rindo da minha cara
ContilNet – E daí?
Menor – Aí eu peguei e bati nele com uma ripa...
Agência ContilNet – Você deu quantas pauladas nele?
Menor – Dei três ripadas...
Agência ContilNet – E ai?
Menor – Aí ele caiu no chão...
Agência ContilNet – E ele falou alguma coisa?
Menor – Não.
Agência ContilNet – Depois o que você fez?
Menor – Fui pra casa.
Agência ContilNet – E por que decidiu se apresentar à polícia?
Menor – Porque fiquei com a consciência pesada, eu nunca tinha feito isso...
Agência ContilNet – Você está arrependido?
Menor – Estou muito arrependido, tenho pesadelos, não consigo dormir... Eu matei uma pessoa.
Um adolescente morto a pauladas no último domingo (13) deixou a população em choque. O motivo? Ele havia roubado a bicicleta de um jovem de apenas 17 anos, que acorda todos os dias as três da madrugada junto com a mãe para trabalhar na confecção de salgados.
Em entrevista exclusiva a Agência ContilNet, o jovem I.M.X. disse que comprou a bicicleta por R$ 450,00, deu R$ 50,00 de entrada e parcelou o restante em cinco vezes.
Ao pagar a primeira prestação, teve seu meio de transporte roubado. Durante alguns dias de investigação, descobriu o autor do roubo. Ao falar com ele e exigir que lhe entregasse a bicicleta, foi humilhado.
“Ele me chamou de ‘zé bu...’, me humilhou, ficou rindo da minha cara. Fiquei com muita raiva e dei-lhe umas ripadas. Mas eu não queria matar ninguém. Nunca fiz isso na minha vida”, conta o jovem com a voz embargada.
O delegado de Sena Madureira, Cleber Gnata, disse que o autor do crime não tem passagem pela polícia, e que se apresentou por livre e espontânea vontade na delegacia para confessar o homicídio.
De acordo com Gnata, quem vai decidir sobre o destino do jovem I.M.X., é o Ministério Público de Sena Madureira.
A mãe do menor estava com ele, mas chorava muito no momento da entrevista e não conseguiu responder as perguntas da reportagem. Com autorização da mãe, o jovem respondeu algumas perguntas da Agência ContilNet. Leia a seguir:
Agência ContilNet – Você confessou que matou um adolescente a pauladas no bairro Eugênio Areal. Por que fez isso?
Menor – Ele tinha roubado minha bicicleta, que eu tinha comprado trabalhando muito com a venda de salgados. Fiz uma compra parcelada e ele me roubou...
Agência ContilNet – Mas tinha que matar uma pessoa?
Menor – Acordo as três horas da manhã todos os dias da semana para fazer salgado com a minha mãe. Nossa vida é muito difícil, e só nós e Deus sabemos como tenho trabalhado para pagar as prestações dessa bicicleta e para comprar comida para a nossa casa. Fiquei com muita raiva quando ele me roubou, mas fiquei ainda com mais raiva quando ele riu da minha cara e me chamou de ‘zé buc...”...
Agência ContilNet – Em quantas vezes você fez esse parcelamento?
Menor – Dei uma entrada de R$ 50,00 e parcelei o restante em cinco vezes...
Agência ContilNet – Como soube que ele era a pessoa que levou a sua bicicleta?
Menor – Porque tenho a nota fiscal e conheço a minha bicicleta..
Agência ContilNet – E como ele reagiu ao ver você?
Menor – Ele roubou a minha bicicleta e ainda ficava andando nela, lá no bairro...
Agência ContilNet – E o que você disse?
Menor – Disse que queria a minha bicicleta, que era minha...
Agência ContilNet – E ele?
Menor – Me chamou de ‘zé buc...’, ficou rindo da minha cara
ContilNet – E daí?
Menor – Aí eu peguei e bati nele com uma ripa...
Agência ContilNet – Você deu quantas pauladas nele?
Menor – Dei três ripadas...
Agência ContilNet – E ai?
Menor – Aí ele caiu no chão...
Agência ContilNet – E ele falou alguma coisa?
Menor – Não.
Agência ContilNet – Depois o que você fez?
Menor – Fui pra casa.
Agência ContilNet – E por que decidiu se apresentar à polícia?
Menor – Porque fiquei com a consciência pesada, eu nunca tinha feito isso...
Agência ContilNet – Você está arrependido?
Menor – Estou muito arrependido, tenho pesadelos, não consigo dormir... Eu matei uma pessoa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário