Igor: "Somos aproximadamente 20 mil brasileiros em todo país, oito mil só em Cochabamba, e contribuímos com aproximadamente 80 milhões de dólares todo ano pra economia da Bolívia"
"Aqui sempre sofremos racismo e xenofobia, nos olham torto porque somos um povo alegre, nunca respeitaram nossa presença aqui, só que de uns dias pra cá tudo isso piorou."
Os problemas enfrentados por estudantes brasileiros que moram na Bolívia não é mais novidade para ninguém, principalmente para as autoridades brasileiras, que já estiveram por várias vezes naquele país e constataram as dificuldades vividas por milhares de jovens que lutam para conquistar um diploma de medicina.
Muitas famílias acreanas trabalham diariamente, e muitas vezes até no período noturno para poder manter os filhos estudando em cidades como Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o custo de vida nessas duas cidades não é tão baixo, e muitos estudantes economizam até na alimentação para poderem quitar suas ‘principais’ dívidas mensais, como aluguel e a mensalidade da escola onde estudam.
Além de passarem por todas essas dificuldades, os brasileiros ainda enfrentam outros problemas bem piores, como o preconceito.
O jovem Igor Henrique D’ávila, que estuda medicina na cidade de Cochabamba, enviou nesta quinta-feira (15), carta à sócia proprietária da Agência ContilNet, jornalista Wania Pinheiro, a quem pede ajuda para mostrar à sociedade acriana e ao Brasil, o sofrimento dos estudantes brasileiros no país boliviano. "Aqui, sempre sofremos racismo e xenofobia", desabafa o jovem Igor. Leia a carta enviado pelo estudante acriano:
"Oi Wania, tudo bem? Leio a ContilNet todo dia ao acordar e sei que tem muitos acessos e muita credibilidade. Queria lhe informar sobre um caso que está acontecendo na Bolívia, especificamente em Cochabamba, que é onde vivo.
Aqui sempre sofremos racismo e xenofobia, nos olham torto porque somos um povo alegre, nunca respeitaram nossa presença aqui, só que de uns dias pra cá tudo isso piorou.
Dois brasileiros são suspeitos de semanas atrás, assaltarem um cambista, (homem que troca dólares) depois disso a polícia Boliviana começou a perseguir e a tratar como bandido os brasileiros que via na rua. Segundo depoimentos, começaram a invadir casas e apartamentos sem mandato judicial, a arrombar portas, a colocar gente no camburão e até a desrespeitar verbalmente alguns de nossos compatriotas.
Usaram esse fato ocorrido como pretexto para ganhar dinheiro, levaram as pessoas presas dizendo que estamos ilegais no país. Porém, há um acordo do Mercosul que fala que nós não podemos ser presos por ilegalidade, que isso não existe mais, pois o termo ilegalidade já não se aplica quando se há convenio, e que o visto deveria ser mais barato também!!
Eu fui a um programa de televisão com mais três brasileiros reclamar sobre os preconceitos e perseguição que recebemos aqui, casos de invasão dos proprietários aos apartamentos quando os inquilinos estão de férias no Brasil, caso de extorsão, dentre muitas outras coisas. Aqui, oque para os nativos custa 10, para nós custa 20 e para os americanos custa 30.
Somos aproximadamente 20 mil brasileiros em todo país, oito mil só em Cochabamba, e contribuímos com aproximadamente 80 milhões de dólares todo ano pra economia da Bolívia!
ELES ESQUECEM QUE:
Só em São Paulo são 300 mil bolivianos, a maioria "irregular" e trabalhando com pirataria e falsificação, e ninguém vê essa perseguição com eles por lá. Fizemos um protesto frente ao consulado pra cobrar uma posição mais drástica com relação aos diplomatas do Brasil, que ajuda esse país com remédios, helicópteros e ainda contribui imensamente para o comercio externo boliviano.
Ou nos tratam melhor por aqui, ou o Brasil tem de dar o mesmo tratamento aos bolivianos por aí. Foi assim que hoje conseguimos um melhor tratamento na Espanha e Portugal, lugares onde sempre fomos tratados de maneira semelhante."
SE LHE INTERESSAR NOSSA CAUSA, TENHO AQUI FOTOS DO MANIFESTO E O VÍDEO DA ENTREVISTA NA UNITEL, CANAL BOLIVIANO.
Aguardo resposta!
Abraços!
15 de novembro de 2012 21:06
Igor Henrique D'ávila
Estudante do curso de medicina na cidade de Cochabamba - Bolívia
Muitas famílias acreanas trabalham diariamente, e muitas vezes até no período noturno para poder manter os filhos estudando em cidades como Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o custo de vida nessas duas cidades não é tão baixo, e muitos estudantes economizam até na alimentação para poderem quitar suas ‘principais’ dívidas mensais, como aluguel e a mensalidade da escola onde estudam.
Além de passarem por todas essas dificuldades, os brasileiros ainda enfrentam outros problemas bem piores, como o preconceito.
O jovem Igor Henrique D’ávila, que estuda medicina na cidade de Cochabamba, enviou nesta quinta-feira (15), carta à sócia proprietária da Agência ContilNet, jornalista Wania Pinheiro, a quem pede ajuda para mostrar à sociedade acriana e ao Brasil, o sofrimento dos estudantes brasileiros no país boliviano. "Aqui, sempre sofremos racismo e xenofobia", desabafa o jovem Igor. Leia a carta enviado pelo estudante acriano:
"Oi Wania, tudo bem? Leio a ContilNet todo dia ao acordar e sei que tem muitos acessos e muita credibilidade. Queria lhe informar sobre um caso que está acontecendo na Bolívia, especificamente em Cochabamba, que é onde vivo.
Aqui sempre sofremos racismo e xenofobia, nos olham torto porque somos um povo alegre, nunca respeitaram nossa presença aqui, só que de uns dias pra cá tudo isso piorou.
Dois brasileiros são suspeitos de semanas atrás, assaltarem um cambista, (homem que troca dólares) depois disso a polícia Boliviana começou a perseguir e a tratar como bandido os brasileiros que via na rua. Segundo depoimentos, começaram a invadir casas e apartamentos sem mandato judicial, a arrombar portas, a colocar gente no camburão e até a desrespeitar verbalmente alguns de nossos compatriotas.
Usaram esse fato ocorrido como pretexto para ganhar dinheiro, levaram as pessoas presas dizendo que estamos ilegais no país. Porém, há um acordo do Mercosul que fala que nós não podemos ser presos por ilegalidade, que isso não existe mais, pois o termo ilegalidade já não se aplica quando se há convenio, e que o visto deveria ser mais barato também!!
Eu fui a um programa de televisão com mais três brasileiros reclamar sobre os preconceitos e perseguição que recebemos aqui, casos de invasão dos proprietários aos apartamentos quando os inquilinos estão de férias no Brasil, caso de extorsão, dentre muitas outras coisas. Aqui, oque para os nativos custa 10, para nós custa 20 e para os americanos custa 30.
Somos aproximadamente 20 mil brasileiros em todo país, oito mil só em Cochabamba, e contribuímos com aproximadamente 80 milhões de dólares todo ano pra economia da Bolívia!
ELES ESQUECEM QUE:
Só em São Paulo são 300 mil bolivianos, a maioria "irregular" e trabalhando com pirataria e falsificação, e ninguém vê essa perseguição com eles por lá. Fizemos um protesto frente ao consulado pra cobrar uma posição mais drástica com relação aos diplomatas do Brasil, que ajuda esse país com remédios, helicópteros e ainda contribui imensamente para o comercio externo boliviano.
Ou nos tratam melhor por aqui, ou o Brasil tem de dar o mesmo tratamento aos bolivianos por aí. Foi assim que hoje conseguimos um melhor tratamento na Espanha e Portugal, lugares onde sempre fomos tratados de maneira semelhante."
SE LHE INTERESSAR NOSSA CAUSA, TENHO AQUI FOTOS DO MANIFESTO E O VÍDEO DA ENTREVISTA NA UNITEL, CANAL BOLIVIANO.
Aguardo resposta!
Abraços!
15 de novembro de 2012 21:06
Igor Henrique D'ávila
Estudante do curso de medicina na cidade de Cochabamba - Bolívia
Matéria: Contilnet.com.br
OS BOLIVIANOS AQUI SÃO TRATADOS COMO OS BRASILEIROS TENDO SEUS DIREITOS RESPEITADOS E NÃO É O QUE VEMOS ACONTECER COM NOSSOS IRMÃOS BRASILEIROS EM SOLO BOLIVIANO; TODA E QUALQUER FORMA DE VIOLÊNCIA É IMPOSTA AOS BRASILEIROS ATÉ POUCO TEMPO AQUI PRÓXIMO A CAPIXABA O EXERCITO BOLIVIANO ESTAVA EM SOLO BRASILEIRO, INVADINDO NOSSO TERRITÓRIO E NINGUÉM SE MANIFESTA COM AUTORIDADE! O QUE VEMOS SÃO PESSOAS OMISSAS, LEVANDO TUDO NA BASE DA CONVERSA E MAIS NADA! ONDE FICA O PRINCIPIO DA RECIPROCIDADE? É UMA SITUAÇÃO DE VERGONHA NACIONAL, UM PAIS COMO O BRASIL VIVER SENDO HUMILHADO PELA BOLIVIA!
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