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sábado, 11 de junho de 2011
Recém-nascidos morrem no hospital de Sena, famílias acusam entidade de negligência.
Pelo menos dois casos de óbito de recém-nascidos foram registrados no período de uma semana no município de Sena Madureira. As mortes ocorreram nas dependências do hospital João Câncio Fernandes, ambas as famílias acusam os médicos de negligência já que segundo os relatos, as mortes das crianças poderiam ter sido evitadas se as mesmas tivessem recebido os atendimentos necessários.
Primeira morte
A primeira morte foi registrada na tarde de quarta-feira, 8, segundo a família da recém nascida, a mãe da criança fez todo o processo de acompanhamento médico antes do parto a ultrassom e outros o conhecido pré- natal, neste período foi diagnosticado que o parto deveria ser Cesário.
Ainda de acordo com a família, a senhora Francisca Luciete Ferreira da Conceição,18 anos, foi encaminhada ao centro Neonatal, do HJCF no dia 26 de maio, já sentindo fortes dores, porém a mesma foi informada que a criança ainda não iria nascer, o sofrimento da mãe durou ainda alguns dias somente então, deu à luz a um menina que nasceu de parto normal o que agravou ainda mais a situação da bebê. Devido a mudança de parto, a criança nasceu com problemas de saúde, principalmente uma provável infecção já que a recém nascida, antes de vir a óbito passou um dia e uma noite com alto grau de febre até não resistir e falecer.
Segundoalegam os familiares, durante o parto o médico não estava presente e só chegou após o nascimento da criança, pois a mesma nasceu e não conseguia respirar, "as enfermeiras ligaram para o médico que depois conseguiu reanimar a menina", disse a tia da criança.
O que causou mais indignação na família foi quando o medico foi chamado para socorrer a criança que estava falecendo, "Ele chegou no quarto colocou a mão encima da menina e disse que não dava para fazer mais nada, ele se quer colocou um aparelho para ouvir o coração da criança, ou coisa assim acrescentou." Os familiares alegam que nem se quer o atestado de óbito foi entregue para a família.
Segunda morte
O segundo caso ocorreu na manhã de quinta-feira,9, de acordo com o pai da criança, a sua esposa teve um parto pré-maturo e a criança que faleceu, era a sua primeira filha e nasceu no oitavo mês de gestação."Até aí nada de errado, porém antes do nascimento o médico que atendeu a minha esposa disse que a criança tão logo nascesse deveria ser encaminha a uma incubadora em decorrência da mesma ser prematura, porém não foi o que aconteceu, a menina após nascer não foi colocada em uma incubadora e ficou com a mãe cerca de três dias até vir a óbito",disse o pai em tom de tristeza e revolta.
Ainda de acordo com o Sr. Leusimar Rodrigues de Souza,19, a sua filha teve um desmaio e quase não retornou, o medico que foi chamado disse para os pais que tinha sido apenas um susto mas a criança já estava bem.
Ao questionarem o médico de plantão se não era preciso levar a criança para a incubadora, já que a mesma apresenta uma respiração ofegante o mesmo disse que não era preciso já que era normal e estava tudo bem com a recém nascida.
Horas depois, o quadro clínico da recém-nascida se agravou, e os pais perguntaram se dava para encaminhá-la a Rio Branco, porém a resposta foi de que não adiantava fazer mais nada.
Ambas famílias são pessoas de baixa renda e residem na zona rural do município de Sena Madureira.
A reportagem do Sena 24 Horas esteve no Hospital João Câncio Fernades na manhã desta quinta-feira 09, e conversamos com a Diretora a Srª. Antonia Gadelha diretora, ela pediu que suas palavras não fossem registradas. e que só iria se pronunciar depois que tiver em mãos um relatório dos médicos e enfermeiros que acompanharam os casos, porém, até a publicação da reportagem a mesma não havia se manifestado.
Reportagem: Marcelo Oriar/sena24horas.com.br
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