segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Defesa cínica dos petistas no Mensalão


Tenho acompanhado, nas Mídias Digitais, uma defesa cínica de militantes (que mais parecem meliantes) petistas escalados para desqualificar os crimes cometidos pela quadrilha do Mensalão que, no processo em julgamento, é tida como comandada pelo então Chefe da Casa Civil do Governo Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu. O cerne do argumento deles é que a compra de votos de senadores, deputados e vereadores sempre existiu no País, portanto, não poderia ser vista, assim, com tanto rigor. Vão mais além: dizem que os atuais acusadores não possuem moral para cobrar os “mensaleiros” petistas. E vocês sabem o que é moral ou amoral, heim, cara-pálidas? Cada vez que leio coisas desse tipo fico ainda mais indignado. Votei em Lula e no Partido dos Trabalhadores (PT) convicto de que mudariam a forma de “fazer política” no País. O próprio Lula, quando deputado Constituinte, bradou aos quatro cantos que o Congresso Nacional tinha mais de 300 picaretas. Logo, não chegou à Presidência da República com a ilusão de que lidaria com cordeirinhos. Tivesse se preparado efetivamente para “mudar” as práticas políticas do País, escalaria alguém para a Casa Civil não pare reforçar um esquema de corrupção que pagava mensalmente deputados para compor o que hoje chamam de “base aliada”, mas sim para extirpar esse tipo de prática. E não me venham com essa história de que Lula nada sabia nada sobre o que José Dirceu que ninguém me convencerá. Tanto sabia que até hoje que comanda ações estratégicas do PT em todas as “bases” é o réu José Dirceu. Se vocês não tivessem enganado a mim e a todos os brasileiros que votaram em vocês com a mentira da “ética na política”, nenhuma linha dessas seria escrita. Acontece que, como eu, muitos brasileiros acreditaram. Mudar o País significa não aceitar corrupção em nenhum dos níveis. Minimizá-la para defender um projeto partidário de poder é tão nojento quanto se vender mensalmente para apoiar o Governo.

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